sexta-feira, outubro 14, 2011

Roçando de cá pra lá

Deixa-me ao lado, à janela
Quero rever a primavera bordada no olhar
Tenho saudade do pão, da broinha de fubá
Do gosto do amor de ocasião
Só de pensar no seu cheiro senti-me um braseiro
Ai delícia que me dá... 

quinta-feira, outubro 13, 2011

À volta, tudo são flores

Sorri, porque havia tempo para isso
nenhum atoleiro na entrada
Sorri, como a flor que se multiplicava
vivendo a acolhida na sede do olhar
Não parei para ver se a chave ainda estava no mesmo lugar não parei pra pensar
O sol me seguia de perto e das mãos escorria o suor da espera sem portão
Meu amor era da cor que ocorria sem medo por alí
A voz só pedia segredo
Os dedos não queriam corrimão
Pés descalços viveram os degráus como o silêncio a garantir surpresa
E a cada segundo fui chegando, sem prazos de encontro marcado com você

domingo, outubro 09, 2011







Instinto em pelo
Solto animal
Segredo em ar de solidão
                                               Mandala



dessa não falo, resvalo na sede
parece que o encanto todo se arredondou
assim como a palavra rola pela sebe e o carneiro ronda a tradução
um velho se encosta à cauda
um sol se esquenta ao torno
a paz se expressa aos poucos, em pastagem
a imagem me rasura a lágrima
o tempo me enclausura a fala
e a calma me enrosca em vício de escrever

sexta-feira, outubro 07, 2011

Zelo

Este equilíbrio é de colocar pedra sobre pedra...
                                                             ...devagar...

Insolente

o que ela quer, insolente
ele queria, algum tempo atrás...