sábado, julho 30, 2011

Nocturnus

  


"A melodia paciente, em seu voto perene, a soar.
Como sonata, eu serenata de mim, poente."

Mater et Magister








saí por aí gerando palavras


voltei acordada com vozes de fato


não sabia o sereno de inúteis expressões


não sabia os mistérios


e nada com muito cuidado


por isso voltei


e cunhei sinais de mãe













sexta-feira, julho 29, 2011

um pedido à deriva


Largue-me sereia, verso, imaginação.
Não suporto sua rede a cortar-me sonho, de vagar.
Logo meu olhar se cansa sobre a pedra, e meu canto dói.
Faz alarde sua agitação, seus pés, vingados.
Cortam-me os sais, neste algum imenso,
impaciência, fim mortal.

quarta-feira, julho 27, 2011

Pernoite

Fantasiava-se noite
Vestia bordados de lua contados em lenda
Descia das árvores, sonolenta, em restos de sol
Escorria sereno -amor gotejado em folhas de verso escondido
Procurava Deus nas esperas, onde o tempo é longo, como a saída de todos os medos
Achava um olhar
Aquele que o mistério deixava em tudo que há

segunda-feira, julho 18, 2011










À lua cheia, lugar de escapulir das mil razões,
o que assusta é não ser feliz.

sexta-feira, julho 15, 2011

Amor que é de lua e de lenda




Não poderia deixá-los de lado, já que os vi tão juntos, logo alí, na lua.
Eram dois cavalos, em dois halos, a me enternecer. Num azul sereno, de pluralidade singular. Azul de lago, em lassidão.
Faria com os dois uma sentença de mistério. Um caso sério, de amor.
Se os dois chegassem a me ver, na lua, escondida atrás do medo,
me conservariam lá, em lua cheia, provocada em lendas de dormir feliz.
Unicórnios...sim...