quarta-feira, maio 25, 2011

Desenho Animado


Houve um tempo em que brinquei com cenas de amor.
Não brinquei sem graça, e nem sem parceiro.
Brinquei por horas a fio. Teci as cenas que pude colorir de sol.
O tempo não era apressado, mas tinha vontades muito pontuais.
Era um tempo encantado demais. De mais.
Enquanto passava, o tempo me deixava seus sinais.
Guardei um por um.
Quando cheguei ao presente, o tempo passado não se fora, nem ficara tão longe.
Podia revê-lo nos murais.
Podia senti-lo na pele, nas muitas estações.
O amor acenava, sorria, corria de mim, se aproximava. Brincava nos cantos do quarto, guardado em sensações e colo.
Depois não me lembro. O tempo e o amor se calaram.
Achei o brinquedo no meio dos muitos guardados e chorei.
Encontrei-me palavra de amor sustentada nas mãos.  

Um comentário:

  1. Amor... Ah, o amor... assim como o tempo, ele se vai se não firmemente segurado. E a mágica certa para mantê-lo ao seu lado não pode ser descoberta. Porém, uma coisa é certa: só se pode preservar o amor quando se doa de alma, criatividade e coração!
    Beijos e uma ótima semana,
    Bela.

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