terça-feira, outubro 13, 2009

de um mito cor-de-rosa


Ele quase não me deixou espaço para minhas intenções

Ocupou-se de tudo que podia
do céu, das estrelas, da noite inteira e do meu dia

Encheu minha tela de rosa, de fantasia de cor

Morou onde não devia, e ao firmamento voltou, sem cessar

Trazia no pêlo, nas asas, em meias palavras,
um estilo sem par

Cansou de voar, cansou de levar-me, cansou do meu peso, da minha terrena opção

Há muito o seu jeito de sonho mudou

Trotou pelas minhas ruelas de dor, a mostrar-se, a fazer-me acordar

Não quero deixá-lo a cansar-se, a perder suas penas por mim

Que volte ao sereno

Que siga seu rumo de sol, de ar puro e carícias de amor

Que leve de mim o que possa, o que teve das minhas mais lindas manhãs

Assim, cada noite, a cor do luar, um jeito de estar, uma tristeza de ir

Aquela vontade de ser, a esperança de ousar, a saudade de ouvir

A canção que contava que a estória que era uma vez, outra vez, e pra sempre será

2 comentários:

  1. E QUE VOCÊ CONTINUE A CONTAR ESTÓRIAS COM SEU JEITO LEVE DE BRINCAR COM A PALAVRA, COM A RIMA, COM A INSPIRAÇÃO...OUTRA VEZ, E MAIS OUTRA, E MAIS...

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  2. Que legal!
    Quando penso que é estória.
    Quando não mudo em nada a inspiração.
    Quando saio do embrulho fazendo meu próprio presente me agradar.
    E o que é demais, agradar o outro, a outra. Que não é de gênero o coração, é sui generis.
    Obrigada Ju! MUITO!

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