Elas começam cedo
Parecem perder o medo sem pressa
Saem do armário da mãe, com tudo
Trazem perfume, batom
Escondem a certeza dos olhos com óculos de sol
Colocam nos dedos anéis, e nos braços argolas e bolsas
Se fingem de moça tão cedo que enganam seus pais
Não querem segredo, mas querem respeito e direitos
Ah! direitos demais...
As muitas meninas, no rastro de estrelas
Esta, Ana Clara, brilhando de sobrinha neta
A primeira a despontar
" Ana Clara foi às compras"
Universo de Marias, nome forte que nos transmite força, fé, serenidade, de absoluta expressão, como vc mesma o disse. Nele encontramos o perfil de muitas Anas, Marlenes, Adrianas, Célias e mtas outras que te seguirão através do que nos é proporcionado em meio às suas poesias. Parabéns Ro e que continues a nos oferecer estes momentos de reflexão e contentamento. Bjs
ResponderExcluirObrigada, minha irmã!
ResponderExcluirSomos Marias mesmo, e claras como quem chama pelo nome de mulher, a mãe.
Esta senhora que nos tinge de vermelho o coração,
de amor e raiva, de dor e riso, de calor e juizo,
a vida e a nossa história escrita à muitas mãos.
Nossa mãe, de onde estiver, dirá:
Que Maria foi, na lida.
Que Maria está, no céu.
Que Maria ninguém vai negar.
É mulher. É mãe.
Dona Darcy tinha poesia também.
Quando fazia das tripas coração,
pra nos fazer bonitas, bem vestidas,
e costurava à mão nossas roupas,
e fazia nos braços nossos filhos dormirem, enquanto os ninava com velhas canções.
Poesia não dorme cedo, levanta cedo.
Poesia é sol, com segredo,
é noite com medo de não acordar.
Beijo! Obrigada mesmo! ADOREI!!!
Fiz poesia com a sua inspiração!
Belíssima poesia Rosângela, eu, Maria ainda em formação, espio encantada essa beleza mágica do ser-mãe. "Poesia não dorme cedo, levanta cedo": há muito nessa frase aí, gostei muito! Parabéns! Um grande beijo!
ResponderExcluirSempre me surpreendendo, grande Renata!
ResponderExcluirVejo nas entrelinhas os seus pequenos nós, delicados arremates feitos à mão.
Alinhada a moça! Cheia de avessos revestidos de mãe.
Obrigada pelo lindo comentário! É bem seu.
Beijo!
Belo título, belo poema, como bela Ana Clara sua inspiradora. Fiel descrição de uma menina, como nós há anos atrás, com todos os seus sonhos e trejeitos de menina mulher no despertar do mundo. Essa é a grande "vitória" da família. A mais nova estrela,abençoada e querida por todos. Beijos prá você Ro!
ResponderExcluirEntão...é assim.
ResponderExcluirA gente vê um brilho alí, uma faisquinha lá, uma aparição na tarde, outra no canto da lua, e às vezes um risco no céu.
Mas, estrela é sempre estrela.
Nem que caia, se perde do olhar.
Obrigadíssima Mara! ADOREI! Bj!