sábado, outubro 29, 2011

Temperança

Busquei um lugar aberto, fechado, não me encontrei
Saí porque não queria pouco
Perambulei pelo mato, nos caminhos sem dono, de lugares sem traço
Encontrei um recado de vida
Aquelas coisas benditas sem nome comum
Um arbusto com jeito de sempre
Um ruído com som de relíquia
Uma brisa mais rica que o sol
Perguntei a mim mesmo sem palavras, cem coisas que nunca diria
Acordei mil silêncios
Dormi mil fadigas
Não tive uma gota sequer de suor
Apenas andei, procurei o caminho sem fim
E assim descobri o segredo do tempo mais livre
A raiz do problema persiste onde brota solução

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