terça-feira, março 08, 2011

Das coisas mediáveis, e/ou irremediáveis


   

Escrevi, há bastante tempo, o argumento que levou este título aí em cima.
É o texto que volto a editar, nesta sequência.
Deixo aqui como uma lembrança, pelo Dia Internacional da Mulher.
Chega a ser redundância, porque na realidade este blog é inteiramente dedicado à essência do feminino; que é simplesmente a mulher, do meu dia a dia.
Mas o recado que hoje refiz é pra alma.
E a alma, como os anjos, não tem sexo.





É isso aí!
Sempre que posso, proponho esta interrogação aos interessados em entender das coisas ditas "psi":
"Mas que simplificação é esta da nossa subjetiva condição humana?" ...(enquanto o autor da pergunta, ou Freud, talvez me acompanhem resmungando de algum lugar...)



O medo, somado ao antigo "pití",  ficaram sintetizados na "síndrome do pânico".
Tristeza, melancolia, carência, sei lá, se reuniram em "depressão".
Até a velha angústia, que não é nada indiferente ao mundo moderno, está à beira de um ataque de nervos!...
Em face dos condicionamentos do mundo contemporãneo, ficamos sim, subordinados a estes diagnósticos, muitas vezes autoaplicados, como nas automedicações. Ou o sujeito está na "síndrome", ou está na "depressão". Isto quando não está ainda melhor "classificado".



A menopausa, coitada, nem sempre é considerada como período desencadeante de alguns desses "murmúrios" somatopsíquicos. E sabe-se lá por que cargas d'água, hoje muitos parecem desconhecer a dita cuja em sua profundidade. Inclusive as portadoras do temido destino, não fosse ele  mesmo "negado", muitas vezes.



Que possamos padecer com estas emoções atreladas a diferentes sintomas, não é nenhuma novidade. A questão é que prevaleça um  incentivo ao consumo de medicamentos e correlatos, o que acaba precipitando uma recorrente fuga das experiências emocionais já citadas.



Eu tô fora!...Ou ainda estou é muito "por dentro" de mim...



Tenho conseguido minhas vitórias com a certeza de que a alma é um território cheio de recados profundamente expressivos. Lá eu desço, subo, salto e escorrego. Tremo, balanço, danço, caminho. Me deito, sonho, acordo, contemplo. Vôo no meu pensamento! Mas reajo com os pés no chão. Só nunca gostei de correr, porque prefiro andar, para melhor ver os caminhos.
Com a alma eu me entendo, enquanto o corpo se desarma das defesas que o inconsciente lhe prescreveu.
A alma, parece sim, coabitar estes dois segmentos do ser, a "saber", mente e corpo.



Ontem mesmo escrevi sobre a alma, mas não deu outra! Sumiram as palavras!
Bati em algum lugar sem querer, ou meu inconsciente se encarregou de...
Então, o fato é que constatada a perda escrevi  ainda, tentando preencher a lacuna que restara. 
E foi daquela passagem que me lembrei hoje, enquanto associava alma à saúde emocional, no dia dedicado às mulheres.
Enfim, tudo passa...
Ou como diria uma vovó a qualquer tempo ou lugar:
- Isso também vai passar!...




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Assunto de alma é volátil.


Some da tela, sem deixar qualquer sinal.


É parecido com sopro, com brisa, com fogo de vela que se apaga sem que a gente entenda o que se deu.


Eu não sei o que dizer, além da quase certeza do que fiz.
Fiz poema que saiu do fundo e rompeu madrugada.
Fiz uma balada de um vento só, sereno.
Que se foi no arrebento, como a onda na areia, que não segura meus pés.
Foram embora dez ou mais estrofes, assim, sem meu querer em alerta.
Quando me dei conta, não estavam mais lá.
Só ficou um verso.
(*recentemente publicado aqui no blog)


"Quando mergulhei me vi com olhar de peixe fora d'água.


Não havia luz, nem lágrima.


Não havia nada, nem amor.


Só silêncio, e sal."


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E de repente a alma é sábia mais uma vez, e isso é o bastante - uma palavra esquisita que diz tudo.


Beijos e parabéns!
Queridas "Marias" de muitas consoantes e vogais!...

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