domingo, março 13, 2011

Maria, de qualquer dor




Não sabia se estaria condenada ao frio 


ou se esperava as nuvens virem, lhe aconchegar



Colo que a levasse aos poucos


Enquanto dava nome ao sentimento, deixou-se ficar


despencada ali, qual fruta podre, que não finca o pé


Se antes, ao florir, teimara alguma cor


foi puro sortilégio de maçã

Um comentário:

  1. um dia viçosa, noutro podre

    ciclos de vida

    Um dia provocando o desejo da mordida, no outro potencial de gerar vida, a semente que sobra intacta no meio da massa apodrecida

    Todos somos maçãs

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